Belo horizonte é famosa por ser a capital do botecos. E de
fato passear à noite por suas ruas é encontrar desde grandes bares até pequenos
redutos boêmios sempre regados a muitas risadas e cervejas. E antes mesmo de
começar a fundo esse artigo, adianto que se você é fã de petiscar junto com os
amigos que não passe por essa vida sem conhecer a capital de Minas Gerais.
Tiramos dois dias em “bêagá” somente para conhecer seus
botecos e a fama deles. Listamos os principais que você precisa conhecer:
1 – Casa Cheia
Localizado no mercado central de Belo Horizonte (que por si
só já merece uma visita), o bar surgiu das mãos de uma comerciante do mercado
que, incentivada por um amigo, abriu um bar para “fazer almoço para esse povo
do mercado”. O local é bastante frequentado pelos próprios mineiros, inclusive há
a Mesa 01, destinada a uma confraria de amigos que se reúnem toda semana no
lugar. Prove o “Mineirinho Valente”, canjiquinha bem recheada vencedora do
torneio Comida di Buteco de 2005. Mesmo não havendo restrição em compartilhar mesas, recomendamos chegar cedo porque de fato o bar faz jus ao nome.
2 – Café Palhares
Aberto em 1938 por João Ferreira, e hoje tocado pelos filhos,
o Café Palhares é responsável pela criação do Kaol, prato a base de Arroz, ovo
frito e linguiça, na companhia de uma cachaça (o nome é uma composição das
iniciais dos elementos, trocando o “C” da cachaça por “K”), e considerado patrimônio
de Belo Horizonte. O prato ganhou fama por ser uma alimentação reforçada,
suprindo as necessidades dos trabalhadores da região. Hoje em dia, o Kaol conta
com diversas variações (a mais atual leva couve e torresmo) atendendo deste aos
mais simples operários até grandes empresários que, sem muita vaidade, senta no
disputado balcão para apreciar essa iguaria.
3 – Churrasquinho do Luizinho
De uma venda ambulante até um galpão com diversos ambientes,
o empreendimento de sucesso baseado em espetinhos de todo o tipo ganhou o
paladar de quem gosta de ambiente informal e petisco há preços simpáticos. Televisores
para quem gosta de futebol e mesas bistrô completam o ambiente, apesar de que o
grande barato aqui é comer em pé e tentar conversar em um ambiente ruidoso.
4 – Cantina do Lucas
Operando a mais de 50 anos, o local foi tombado como Patrimônio
Histórico e Cultural da cidade. Diversos artistas e intelectuais da capital
mineira já sentaram em suas mesas, desde o pessoal do Clube da Esquina até militantes
políticos tomando decisões importantes que influenciaram a sociedade daquela
época. O local mante a arquitetura da época de sua fundação, quando o local
ainda era comandando por imigrantes italianos. Aqui também é onde trabalhou Seu
Olympio, garçom que exerceu sua função durante 76 anos e entrou para o Guiness
Book. A Cantina do Lucas está localizada no Edifício Malleta, que possui
diversas lanchonetes e botecos menores que também merecem uma visita.
5 – Bar do João
Localizado na Savassi, esse foi dos mais informais que visitamos.
Mesas e cadeiras dispostas na calçada ocupadas geralmente por estudantes
universitários e amantes do rock’n roll compõem o cenário. A trilha sonora fica
por conta do dono em meio a fitas K-7, vinis e CDs de bandas de rock.
6 – Tizé Bar e Butequim
Frequentado por um público jovem e mais elitizado, o bar com
mais de 40 anos de tradição não deixa de lado sua cara de boteco, com mesas na
rua e garçons sorridentes. Com ótimas opções de pratos mineiros e cerveja
sempre gelada, o bar também é bem propício para paquerar.
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José Jayme
engenheiro civil, travel-writer, nerd de carteirinha, amante da boa comida e esportes em geral. Colaborador do guia e portal O Viajante.
engenheiro civil, travel-writer, nerd de carteirinha, amante da boa comida e esportes em geral. Colaborador do guia e portal O Viajante.