terça-feira, 16 de maio de 2017

Visitando Inhotim

Inhotim, em Brumadinho

Difícil definir Inhotim. Um museu? Um parque? Uma galeria? 
O mais legal é que “este lugar” pode ser tudo isso, e muito mais. São muitas as definições que cabem em Inhotim, e mesmo juntando todas elas, parece que ainda falta algo para completar seu significado. Se existem muitas dúvidas de como classifica-lo, temos uma única certeza: todas suas expectativas serão atendidas aqui, mesmo as que você ainda nem criou.

Como chegar


A "viewing machine" de Olafur Eliasson. Um grande Caleidoscópio

Inhotim fica no município de Brumadinho, distante 80km de Belo Horizonte. Se estiver de carro, já coloque as contas do combustível na ponta do lápis. Se quiser ir de busão, a Saritur tem saídas diárias da rodoviária de BH com ônibus executivo direto para o pátio de carros do local. Partida às 8h35 com retorno às 16h35 e preços na faixa dos R$25,00. Se você por um acaso tiver saído para balada no dia anterior, perdeu a hora de acordar e, consequentemente, perdeu o horário do ônibus (qualquer semelhança com a vida real não é mera coincidência), terá que pegar um dos taxis que estão aos montes na rodoviária, a um custo de R$250,00 ida (com muito choro) ou R$400,00 ida e volta. Se a desgraça não tiver sido suficiente, perca o ônibus da volta, depois de só ter fechado a ida (e não a volta) com o taxi. Ai a salvação será pegar um taxi (o pessoal da portaria, super prestativos, pede um para você) até a rodoviária de Brumadinho, e lá você pega um ônibus convencional, vulgo pinga-pinga, e chegar quase duas horas depois em Belo Horizonte. Ufa, que aventura...
Se quiser evitar tudo isso, acorde cedo, ou durma em Brumadinho para aproveitar Inhotim com tranquilidade. Sim, você vai precisar de tempo.

O que ver


Entre uma obra e outra, uma caminhada relaxante

Falo com a propriedade de quem desafiou muita coisa em viagem e poucas me venceram. Inhotim entrou para a restrita lista. E o desafio foi tentar conhecer seus 140 hectares simplesmente caminhando, e com o horário já comprometido por ter chegado tarde. Sim, Inhotim é grande e se torna maior ainda devido ao tempo que a beleza e a atenção que suas atrações lhe roubam. Não adianta passar correndo por elas e nem querer ver todas. Monte uma estratégia e para ela ser bem-sucedida deve incluir o transporte nos carrinhos de golfe que circulam o local. Custam R$20,00 e você pode pegar qualquer um que tiver vindo, saltar e depois pegar o próximo. Se tiver problemas de locomoção tem direito ao uso gratuito pra você e seu acompanhante.
Não deixe de visitar a Galeria Adriana Varejão, a Galeria Cardiff & Miller com a obra “O assassinato dos corvos” e suas caixas multi acústicas que lhe dão uma experiência sonora absurda, o Beam Drop (vigas caídas) e seu visual surreal com vigas metálicas caídas a esmo em uma já endurecida piscina de concreto (devaneio para o engenheiro de estruturas metálicas que vos escreve), os simpáticos fusquinhas coloridos, a obra “Desvios para o vermelho” de Cildo Meireles e a Magic Square com seus paredões coloridos. Mas entre uma e outra, se deixe deliciar com os bosques, jardins e lagos de todo o complexo. Se as obras já são um delírio para a mente, a natureza é um relento para os olhos.

Beam Drop, do artista Chris Burden

Uma parada para descanso

Galeria de Adriana Varejão

"Desvios para o Vermelho" de Cildo Meireles

A todo momento tem um convite para o descanso


Estátuas de Edgard de Souza
Inhotim é o encontro perfeito da arte e da natureza

Inhotim abre de terça a sexta, das 9h30 as 16h30. Nos sábados, domingos e feriados, das 9h30 as 17h30

Site: Inhotim

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José Jayme
engenheiro civil, travel-writer, nerd de carteirinha, amante da boa comida e esportes em geral. Colaborador do guia e portal O Viajante.
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