Retrato de nosso passado escravocrata exposto no Museu do Homem do Nordeste |
De alguns anos para cá, a capital pernambucana ganhou ótimos
equipamentos culturais, muitos deles próximos uns dos outros e concentrados na
área de maior interesse turístico da cidade: o Bairro do Recife. Um
deles é o Paço do Frevo, que veio para cobrir uma lacuna na cidade que não
tinha um espaço dedicado ao seu ritmo maior. A Caixa Cultural é outro local que
tem trazido ótimas exposições para o Recife Antigo. Mais recentemente
inaugurado, o Cais do Sertão faz o turista viajar para os extremos de nosso
Estado, mostrando que das regiões mais áridas surge uma cultura singular e
universal, muito além das mazelas oriundas da seca.
Apesar desses novos museus, o Recife possui muitos outros. Alguns
até pouco conhecidos pelo grande público, mas que merecem uma visita.
Museu do Homem do Nordeste
Localizado no bairro de Casa Forte, o museu traz um panorama
histórico, étnico e social do povo nordestino, se tornando um espaço
fundamental para quem quer conhecer o desenvolvimento
antropológico da região. Com um acervo 15.000 objetos, você verá desde itens de
uso doméstico do século passado até moenda de cana-de-açúcar, passando por
instrumentos de tortura escrava e peças sacras. Infelizmente o número de
visitantes não está à altura da importância do museu.
Tapeçaria e peças pertencentes a residencias de alto padrão do passado |
Manifestações culturais |
Manifestações religiosas do Nordeste |
Situado num antigo casarão localizado na Avenida Rui Barbosa, bairro das Graças,
o local reproduz a moradia de uma família da alta sociedade pernambucana.
Destaque para a sala de jantar com a mesa posta, composta de vários talheres da
época, e um lustre gigante no teto. Além do casarão, o museu dispõe de uma
pinacoteca, de um café e de uma livraria. Recomendo fazer a visita guiada, que custa apenas R$5,00.
A área externa do casarão impressiona |
Retrato de Dom Pedro II e esposa, ambos ainda jovens |
Detalhe de imagem sacra com dedos arrancados. Era costume fazer isso quando os pedidos não eram atendidos pelo Santo. |
Mesa de jantar, conforme era posta no final do século XIX |
Três pequenos espaços localizados no Pátio de São Pedro, mas
muito interessantes para ingressar inda mais na cultura de nosso Estado. O
primeiro não necessariamente funciona como museu, mas como um espaço de interação e
consulta para os interessados no movimento Mangue Beat. Vídeos, livros e
revistas que influenciaram (e retrataram) o movimento estão disponíveis para
consulta. E a história de Francisco de Assis França, o Chico Science, está contada nas paredes.
Leia também: O Recife de Chico Science
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O espaço Luiz Gonzaga também tem a mesma função, porém
dispõe de material histórico exposto para os visitantes. Discos raros,
gravações e objetos que representam a temática nordestina tão cantada nas
letras do Rei do Baião encantam os visitantes, apesar do pequeno espaço.
No mesmo pátio está a Casa do Carnaval, com a mesma proposta do Memorial Chico Science de ser um espaço para pesquisa sobre o carnaval, bem como outras manifestações culturais típicas do Nordeste, como os festejos juninos e o Natal.
No mesmo pátio está a Casa do Carnaval, com a mesma proposta do Memorial Chico Science de ser um espaço para pesquisa sobre o carnaval, bem como outras manifestações culturais típicas do Nordeste, como os festejos juninos e o Natal.
Espaço Cultural Chico Science |
Detalhe do Espaço Luiz Gonzaga |
Discos antigos do Rei do Baião |
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José Jayme
engenheiro civil, travel-writer, nerd de carteirinha, amante da boa comida e esportes em geral. Colaborador do guia e portal O Viajante.
engenheiro civil, travel-writer, nerd de carteirinha, amante da boa comida e esportes em geral. Colaborador do guia e portal O Viajante.
Nunca tinha ouvido falar em nenhum! Recife está no topo da minha wishlist de viagem no Brasil, vou ter que correr então!!! Bjs!!
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