terça-feira, 10 de julho de 2018

Pedra do Sal e o autêntico samba do Rio de Janeiro

Sambão de raiz rolando na calçada e o povo curtindo na rua. Se é samba o que eles querem, lá vai! (Foto: Flávio Batista)

Museu do Louvre, praia de Porto de Galinhas, lado argentino das Cataratas do Iguaçu... Tem coisas que você encontra em qualquer blog de viagem, não é mesmo? Tem muito material óbvio por aí. Mas nós somos o Juntando Mochilas e, aqui, nós fugimos do lugar comum! E é por isso que, agora, você vai conhecer uma atração 'fora da casinha' no Rio de Janeiro.

Roda de samba tradicional carioca, na rua de paralelepípedos, regada a cerveja, como tem de ser! (Foto: Flávio Batista).


É que quem visita a cidade maravilhosa, acaba indo apenas nos locais muito turísticos, onde os cariocas, por muitas vezes, nem foram ainda. Pão de Açúcar, Corcovado e Copacabana são lotados de turistas fazendo selfies. A gente não acha que você não deve ir lá, mas quem vai SOMENTE lá, nem pode dizer que conhece o Rio. Esquecida por quase todos os turistas e frequentada majoritariamente por cariocas, a Pedra do Sal merece a sua atenção.

Sob os olhos de Zumbi dos Palmares, o movimento de resistência cultural se fortalece. (Foto: Flávio Batista).

A Pedra do Sal fica perto do Porto Novo, por trás daquele enorme mural do Cobra. Trata-se de um antigo quilombo, conhecido como Pequena África, aos pés do Morro da Conceição, onde o Samba foi criado. Você não leu errado: A Pedra do Sal é o berço do Samba!
Todas as segundas e sextas-feiras, a partir das 20h, começa o movimento. Aparece um com um pandeiro, alguém com cavaquinho, uma cuíca, e, quando menos se espera, o mais autêntico samba carioca está ali, para o deleite dos seus olhos e ouvidos. O repertório é composto de clássicos de Noel Rosa, Pixinguinha, Ary Barroso, Cartola e muitos outros grandes nomes do Samba.
O povo vai chegando e tomando lugar nas escadarias nas calçadas. As barraquinhas de caipifruta servem todo tipo de batida. Os cariocas sambam naquele chão de pedra, onde, um dia, escravos descarregaram o sal que vinha nos navios. A atmosfera é inebriante. Todo mundo cantando e batendo palmas. É lindo de se ver! Se você for lá, vai ter uma amostra grátis do que é ser carioca e vai poder dizer que conhece o rio de verdade.
Os grafittis nas paredes históricas ressaltam o colorido que vem do povo. (Foto: Flávio Batista).

Como chegar:

O local é acessível por VLT, descendo na estação Parada dos Museus; por qualquer ônibus que passe na Rua Sacadura Cabral (desça na parada PF-3178); qualquer ônibus que passe na Rua Camerino (pare em frente ao Cais do Valongo); de táxi ou aplicativo de carona paga (no Rio, são várias opções). É só pedir pra descer na Pedra do Sal.


Em uma noite de luar, dá para namorar ouvindo sambas românticos ou viajar ao passado olhando o casario histórico. (Foto: Flávio Batista)
O Juntando Mochilas agradece ao nosso amigo Flávio Batista, pernambucano morando no Rio, por ter cedido as fotos da Pedra do Sal. Nosso cartão de memória onde estavam as fotos do local foi danificado e Batista nos salvou. Valeu, amigo!


Nívia Gouveia
é jornalista e travel-writer. Mochileira convicta, leitora incurável, sonhadora juramentada, ela pertence a uma linda labrador chocolate chamada Shakira.
Comentário(s) pelo Facebook:

0 comentários:

Postar um comentário


Um casal de viajantes que resolveu juntar as mochilas e compartilhar suas aventuras de estrada.
Saiba mais sobre nós (+)

 
Juntando Mochilas © Todos os direitos reservados :: voltar para o topo
design + código gbml