Castelo de Edimburgo, principal atração da cidade |
Engana-se quem pensa que a Escócia se resume a uísque, gaitas
de fole, homens de saia e Mel Gilson. Ainda no trem a caminho de Edimburgo,
lembro de uma frase dita por uma senhora escocesa que a sorte colocou ao meu
lado durante a viagem para uma boa conversa: “É muito bom ser escocesa”!
Somado aos elogios de muitos amigos, esse comentário aumentou
minha expectativa em conhecer a capital Edimburgo. Considerada uma das mais
belas cidades do Reino Unido, a capital escocesa Edimburgo (ou Edinburgh, em Inglês) mantém muito de
suas características medievais.
E como a Escócia, diferente de outros países sob domínio
inglês, preservou muito de sua identidade cultural, você conhecerá uma parte do Reino
Unido que vai muito além de uma simples extensão da Inglaterra.
Visão geral
Se sua viagem se concentrar apenas na cidade, dois dias são
suficientes para conhecê-la de forma sucinta. Três dias se você optar por ir a
outros lugares da Escócia (as Highlands
ao norte ou o Lago Ness, para tentar
ver o monstro, por exemplo). E quatro dias para fazer tudo isso com bastante
calma e aproveitar bem toda a beleza do lugar. Caso venha para curtir o Edinburgh’s Hogmanay (festival de fim de ano de que falaremos mais adiante), inclua
um quinto dia para um roteiro perfeito – e bastante dinheiro pois é o período
mais caro para se visitar a cidade. E não estranhe o dinheiro: apesar da
impressão nas notas ser diferente, a libra da Inglaterra vale na Escócia e vice
versa.
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A Waverley Station,
principal estação de trem, fica bem no centro da cidade e a viagem até aqui partindo de Londres dura umas 5h. Como a maioria das atrações também se
concentram no centro, hospedar-se por aqui pode ser bem estratégico. O
aeroporto fica a 25 min de ônibus a partir da estação. Querendo explorar não só Edimburgo como boa parte da Escócia, a capital se mostra um
ótimo ponto de partida.
Castelo de Edimburgo e entorno
Vista do castelo. |
Três ótimas atrações de Edimburgo ficam muito próximas umas
das outras. A primeira e principal é o Castelo de Edimburgo, que, como vários
castelos europeus, fica estrategicamente posicionado no alto de uma colina para
uma boa visão dos inimigos e, hoje em dia, dos turistas. Além da vista
privilegiada da cidade, aproveite para conhecer a Margaret´s chapel, construção mais antiga do lugar, o salão com as
joias da coroa e os diversos túneis que permeiam o castelo. Sugiro que você
chegue cedo para aproveitar a visita guiada gratuita que acontece a cada meia
hora e ver o já secularmente tradicional tiro de canhão que ocorre as 13h. A
entrada custa £16,00.
Visita guiada |
Margaret´s chapel |
Armas medievais. |
Moça vestida com trajes de época recebe você no salão |
Apenas para reforçar o quanto a vista do local é bonita. |
Sala onde é mostrado os tipos de whisky |
Os 4 principais tipos fabricados na Escócia |
Etapas da degustação. |
Whisky que não acaba mais |
Boa parte dessa coleção pertenceu a um brasileiro. |
Degustação com os produtores |
A evolução do kilt. |
Tudo o que você queria saber sobre o Kilt
1. A teoria mais aceita sobre sua origem é a de que o kilt veio
da Irlanda no Século XIV e, diferente da “saia” de hoje, era um manto que
envolvia boa parte do corpo.
2. O tipo de xadrez estampado no tecido, chamado de Tartan, mudava de cor de acordo com o
clã ao qual a pessoa pertencia.
3. A bolsinha de couro na frente, por vezes coberta de
pelos, se chama sporran e faz parte
do conjunto, já que o kilt não tem bolsos. O Kilt Hose, um meião que protege as pernas do frio, completa o
traje.
4. É roupa para ocasiões especiais, considerada traje de
gala. Um original, de tecido de primeira, chega a custar £400, mas você
encontra versões para turista por £35.
5. O que se usa por debaixo do kilt? No máximo cueca, mas se
for seguir a tradição ao pé da letra, o certo é não usar nada. Exatamente!
Nada!
Na Escócia, como os escoceses |
Demais atrações
Saindo do castelo você verá The Royal Mile, a rua é
passagem obrigatória para quem visita à cidade. Nela, você encontrará a Catedral
de Santo Egídio (do inglês St. Gile’s
Cathedral), bem como diversas lojas de lembrancinhas e pubs. Destaque para o The
Tron que, à primeira vista, se apresenta como uma igreja, mas basta entrar para
descobrir que o espaço se converteu em um pub
(com o perdão do trocadilho).
Tron pub, dentro de uma antiga igreja. |
Catedral de Santo Egídio |
Dessa mesma rua partem muitos free walking tours bem legais em horários distintos (veja nas placas
ao longo da calçada, que também indicam o ponto de partida de cada um).
Recomendo fazer o Ghost Tour, que
começa às 20h e passa por lugares com histórias assombradas, com direito a
entrar em cemitério e tudo o mais.
Walking Tour. |
Ghost Tour. |
Outras duas ruas que valem a caminhada são a Princess Street, localizada na parte
nova da cidade, e a Grassmarket Street,
na Old Town. A primeira pelas lojas e
a segunda pelas feirinhas que ocorrem em seu espaço aberto. Ambas também
merecem ser visitadas pelos pubs lá
localizados.
Aproveitando sua passagem pela Grassmarket Street (que fica na
parte baixa da cidade, de onde você não vai querer subir tão cedo), siga até o National Museum of Scotland (entrada gratuita), bastante interativo
e que conta a história de diversos povos e animais pelo mundo, com direito a
reprodução de canoas aborígenes, engenhocas tecnológicas de outros tempos,
reprodução de animais em escala real e esqueletos de dinossauro.
Um dos setores do museu |
Vista da área central do museu |
A maior atração do museu certamente é a ovelha Dolly,
empalhada para apreciação do público. Só espero que você não tenha o mesmo azar
que tive, de ir no dia em que ela estava em manutenção. Não deixe de ir até o
terraço no topo do museu para uma vista da cidade que lhe renderá ótimas fotos.
Vista do terraço do museu |
Duas atrações menores podem ser visitadas a depender do
interesse de cada um. Uma, quase em frente ao museu, é The Elephant House, que era só uma cafeteria até J. K. Rowling sentar lá para escrever a
saga Harry Potter (espere disputar espaço com outros fãs do bruxo). Outra é o cemitério
da igreja de Canongate, onde está
enterrado o Adam Smith, pai da
economia de mercado e autor de A Riqueza das Nações.
Entrada disputada |
Adam Smith. Lembra dele das aulas de economia? |
Para os dispostos a caminhar, sugiro seguir por 1,6km pela The Royal Mile até quase não haver mais
prédios (a rua inclusive mudará de nome algumas vezes). À sua direita haverá
uma colina com uma trilha até o Arthur’s
Seat, que fica no alto da mesma. A vista da cidade ao pôr-do-sol é de tirar
o fôlego, a caminhada até lá também.
Vista da cidade |
A caminhada é longa |
Vista da cidade |
The Edinburgh’s
Hogmanay
Edimburgo é conhecida por ter uma das melhores festas de Réveillon do mundo, a Edinburgh's Hogmanay. Acontecem shows, procissão de tochas e até banho gelado nas águas do mar do norte. Se você quer saber mais a respeito, temos um artigo exclusivo a respeito da festa. Clique aqui e saiba mais
Leia também:
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José Jayme
engenheiro civil, travel-writer, nerd de carteirinha, amante da boa comida e esportes em geral. Colaborador do guia e portal O Viajante.
engenheiro civil, travel-writer, nerd de carteirinha, amante da boa comida e esportes em geral. Colaborador do guia e portal O Viajante.