Viajar sozinho ainda é um tabu entre alguns. As
incertezas de pegar a estrada só e os perigos que isso pode proporcionar
ao viajante são os grandes pilares do receio de muitos. Por outro lado, alguns
viajantes não abrem mão de botar a mochila nas costas na sua própria companhia e nada
mais. E eles também tem seus argumentos a favor de uma viagem individual. Para
quem está em cima do muro, fizemos uma lista das vantagens e desvantagens de
viagens, seja só ou acompanhado, para ajudar você a decidir se o melhor é
chamar a turma para curtir um novo lugar, ou seguir uma viagem de descobertas
por conta própria.
Do ponto de vista dos gastos
Viajar sozinho pode ser um pouco caro. Claro que
albergues possuem quartos coletivos mas as refeições por vezes ficam mais
baratas quando compartilhadas. Alugar um carro certamente terá um preço
diferenciado quando dividido com mais pessoas. Se estiver em grupos
grandes, pode-se pleitear ótimas barbadas em hotéis e passeios. As cias aéreas
tem valores diferenciados para grupos com mais de 10 pessoas;
Do ponto de vista da dinâmica da viagem
Quanto mais pessoas, mais lenta será sua viagem.
Geralmente a velocidade do grupo é determinada pela pessoa mais lenta, ou a que
cansar primeiro. E isso se potencializa a medida que o grupo aumenta em número
de integrantes. Sem falar na tomada de decisões sobre o que visitar e onde
comer. Tudo vira um grande fórum de tomada de decisões. Numa viagem solo, a
velocidade e as decisões são rápidas e instantâneas. Gostou da vitrine de uma
loja? Pode entrar sem dar satisfação a ninguém. Quer comer uma coxinha e seguir
a caminhada? Sem problemas. Nesse ponto, viajar sozinho é uma grande vantagem.
Do ponto de vista do planejamento
Viajar em grupo é dividir tarefas. E isso fica melhor quando
a turma é heterogênea e tem uma boa interação. Alguns são melhores em negociar,
outros já são bons em escolher os melhores caminhos. Um amigo pode cozinhar
enquanto outro faz a feira, e um terceiro já pesquisa na internet quais pontos
turísticos serão visitados no dia seguinte. Numa viagem sozinho, você terá que
fazer tudo isso e mais um pouco.
Do ponto de vista do crescimento pessoal
Quando você está só, todos os seus sentidos estarão
voltados para o novo. Arquitetura, história, cultura, culinária, pessoas....
você estará 24h absorvendo isso tudo. Num pais estrangeiro, por exemplo, você
será obrigado a falar a língua deles (ou pelo menos fazer mímica) se quiser
coisas básicas como água. Mesmo que a “língua deles” não seja necessariamente a
língua falada no país, tendo em vista que muitos falam inglês, por exemplo. Em
grupo, você estará a todo momento conversando com seus parceiros, negociando
lugares para ir, desviando a atenção do entorno para discutir determinados
assuntos, enfim. Será como uma mini bolha de sua terra natal em uma terra
estrangeira.
Do ponto de vista da segurança
Certamente é mais difícil passar por algum perrengue em
grupo e, se passar, a solução em conjunto vem rápido. Grupos grandes
são mais difíceis de sofrer assaltos, e mesmo no caso de alguém ficar doente,
se tem o apoio da turma para comprar remédio ou procurar um médico.
Sozinho, você tem que contar com a solidariedade de alguém que, mesmo não sendo
difícil, um amigo que lhe conhece bem sabe como lhe ajudar de forma mais
eficiente.
José Jayme
engenheiro civil, travel-writer, nerd de carteirinha, amante da boa comida e esportes em geral. Colaborador do guia e portal O Viajante.
engenheiro civil, travel-writer, nerd de carteirinha, amante da boa comida e esportes em geral. Colaborador do guia e portal O Viajante.