Unir uma boa
aventura a uma escrita prazerosa e envolvente é uma qualidade que pouca gente
consegue. Amyr Klink é um desses escritores. Já tinha lido “Cem dias entre o céu
e o mar”, que narra a sua travessia do Atlântico em um barco a remo, mas ao folhear
as páginas de “Mar sem fim”, fica evidente a evolução e o cuidado de Amyr em
envolver o leitor em sua história e nos detalhes de seu cotidiano solitário.
Em “Mar sem
fim”, Klink narra a sua viagem de volta ao mundo
pelo caminho mais curto possível, em torno do continente antártico. Também
conta os detalhes do barco, de como foi a preparação para a viagem, da rotina
regrada para evitar icebergs e abre espaço nesse meio para reflexões sobre
coisas simples da vida, como o porquê da substituição de nomes já consagrados e
poéticos de ruas ou praças por nomes de pessoas, muitas vezes desconhecidas.
Ao longo de vários meses, o contato com amigos e familiares
era feito unicamente através do rádio. Apenas em duas oportunidades ele aportou
no continente e contou com a presença de outras pessoas. Ponto alto do livro se
passa quando ele enfrenta uma grande tempestade perto da Austrália, e que quase
levou a empreitada a uma tragédia. Felizmente, a viagem termina bem, apenas
surpreendida por um roubo em seu barco após a chegada ao Brasil, em que quase
todo o material de registro foi subtraído.
As citações sobre suas motivações para a viagem já foram replicadas em muitas comunidades de viajantes e blogs. Creio que a mais conhecida seja esta:
As citações sobre suas motivações para a viagem já foram replicadas em muitas comunidades de viajantes e blogs. Creio que a mais conhecida seja esta:
"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de
histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés,
para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas árvores e dar-lhes valor.
Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o
desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para
lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo
como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz
professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e
simplesmente ir ver”. AK
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José Jayme
engenheiro civil, travel-writer, nerd de carteirinha, amante da boa comida e esportes em geral. Colaborador do guia e portal O Viajante.
engenheiro civil, travel-writer, nerd de carteirinha, amante da boa comida e esportes em geral. Colaborador do guia e portal O Viajante.