Vida de blogueiro de viagem é engraçada. Muita gente vem pedir consultoria de viagens e eu converso numa boa, dou dicas, tiro dúvidas. Gosto disso! Algumas dúvidas são bastante corriqueiras. Por isso, resolvi escolher 10 e escrever este post. Vou topicalizar, pra ficar mais fácil de consultar. Mãos à obra:
1. Preciso de passaporte pra ir para a
Argentina?
Não.
Para entrar nos outros países do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai e
Venezuela) só é necessária a apresentação de um documento de identificação com
foto válido no Brasil, que pode ser o RG ou uma carteira de motorista, por
exemplo. Se escolher pelo RG, certifique-se que você pode ser reconhecido pela
foto. Tem gente que tirou a identidade quando era criança, já tem mais de 30
anos e ainda anda com aquele documento antigo. Ou nasceu de um gênero e se
assumiu travesti, mas nos documentos ainda é do gênero antigo. A gente sabe que
acontece, mas não rola, né? Na dúvida, se seu documento já tem mais de 5 anos,
dê uma atualizada. É o mesmo tempo de validade de uma carteira de motorista,
para os que optarem por ela.
2. Como é a imigração na Europa? Perguntam muita coisa?
Depende.
Alguns países e aeroportos são realmente mais cri-cris na entrada de
imigrantes. O aeroporto de Barajas, em Madrid, o de El-Prat, em Barcelona, e os
aeroportos internacionais de Londres são conhecidos mundialmente como
imigrações difíceis. Já passamos por eles e só tivemos contratempos em Londres.
Perguntaram de onde a gente vinha, pra onde a gente ia, se conhecia gente na
cidade, no que trabalhavam as pessoas que a gente conhecia, se a gente tinha
dinheiro suficiente para a estada, se a gente tinha passagem de volta... UFA! Diante
de tantas perguntas, seja sincero e procure passar segurança. O que eles querem
saber é se você é turista ou imigrante. Se você é turista, não tem com o que se
preocupar. É só responder com calma, mostrar toda a documentação exigida e 'voilá'!
3. E se eu não quiser pagar o transfer?
Muita
gente não dispensa o conforto do transporte pago previamente do aeroporto para
o hotel. Outros acham abusivo o valor de um transfer. Eu me incluo nessa
categoria. Como quase nunca tenho malas pesadas nem preguiça, opto sempre por
pegar o transporte público. A diferença de valores é escandalosa. De Guarulhos
pra São Paulo, por exemplo, um transfer chega a custar 100 reais, enquanto o
busão custa uns 5. Do Recife para Porto de Galinhas, o transfer custa 120 e o
ônibus de linha, com ar condicionado, custa só 12. E, pros mais medrosos, que
ficam achando que é impossível pegar o transporte público, lembrem-se que as
pessoas que trabalham no aeroporto fazem esse movimento todo santo dia. Morar
no aero, elas não moram...
4. Dá pra conhecer Buenos Aires/Miami/Paris falando só português?
Com
paciência e bom humor, sim. Em cidades muito turísticas e para onde vão muitos
brasileiros, quem trabalha com serviços costuma ser bem aberto a nos receber e
até a dar uma forcinha. Em alguns lugares as pessoas são mais chatas com turistas que não falam sua língua, mas nada de alarde. Em outros lugares como Miami e Buenos Aires vai ser comum encontrar um taxista, um
atendente de loja e até um policial que fale português.
Essa
pergunta é clássica! A resposta é bem simples: dependendo do casal, qualquer
lugar pode ser um paraíso ou um tormento! Se o casal é bem resolvido e de bem
com a vida, pode gostar até de 'programas de índio' nada românticos, como um
festival de música eletrônica ou um parque de diversões. Por outro lado, se o
casal é briguento, ciumento e de mal com a vida, até um resort cinco estrelas à
beira-mar de Porto de Galinhas pode se tornar um inferno. Mas, como as pessoas
normalmente não se contentam com essa resposta, aí eu posso sugerir alguns
lugares, como Pirenópolis, em Goiás, ou Ouro Preto, em Minas.
6. Como é melhor trocar dinheiro?
Depende
do destino. Para países vizinhos, dependendo do valor do Real frente à moeda
local, é possível gastar em Real mesmo, ou trocar lá no destino, em alguma casa
de câmbio. Para Estados Unidos e Europa é bom já levar daqui, mas certifique-se
de que o dinheiro é verdadeiro. Não compre em qualquer lugar, pois entrar nos
países com moeda falsa é crime, e você responde de acordo com as leis locais.
Para países mais longínquos, compre dólares e troque ao chegar lá. Cuidado para
não comprar demais, pois a gente perde dinheiro ao comprar moeda estrangeira, e
perde mais ainda ao revender. De preferência, vá trocando à medida em que for
usando, pra não voltar pro Brasil cheio de dinheiro que não tem valor por aqui.
7. Qual é a maior desvantagem em viajar sozinho?
Não ter com quem conversar e nem ter quem tire as suas fotos, ponto. Mas isso é perfeitamente contornável em tempos de pau-de-selfie. Uma boa dose de cara de pau pra interagir com estranhos é aconselhável se você não quiser ficar sozinho em algum local. Temos ótimos amigos que conhecemos em viagens. Experimente se abrir a novas pessoas! Uma dica valiosa: não julgue pela aparência. Muitas vezes aquela senhorinha de 75 anos, vestindo um suéter azul bebê, sentadinha lá no fundo do vagão do trem está, na verdade, indo saltar de bungee jump...
Sim.
Vale. E muito. Já pensou se você tem uma crise alérgica em um lugar onde as
pessoas não falam inglês, você não tem um antialérgico na bolsa e nem,
obviamente, uma receita no idioma local para levar a uma farmácia? Pois é. Se
quiser saber mais, temos uma postagem inteira falando somente sobre seguro de viagem. É só clicar aqui. Quando viajamos, usamos a Mondial Seguros. Para acessar o site deles, clique aqui.
9. Qual é a parte mais cara de uma viagem?
A
passagem aérea, sem dúvida. Em alguns casos, o transporte custa mais de 50% do
valor total da viagem. Algumas companhias que operam no Brasil ou que têm
aliança com companhias brasileiras parcelam em até 10 vezes o valor da
passagem. Em segundo lugar está o gasto com hospedagem. Somados, esses dois são
o terror de qualquer viajante. Para pesquisar a melhor hospedagem, usamos o
Booking.com. Lá dá pra ver fotos dos hotéis, opiniões de
viajantes, fazer pesquisas bastante refinadas. Indicamos!
10. Vale a pena fazer compras lá fora?

Nívia Gouveia
é jornalista, travel-writer e professora de língua portuguesa. Mochileira convicta, leitora incurável, sonhadora juramentada, ela pertence a uma linda labrador chocolate chamada Shakira.
é jornalista, travel-writer e professora de língua portuguesa. Mochileira convicta, leitora incurável, sonhadora juramentada, ela pertence a uma linda labrador chocolate chamada Shakira.
Olá sou a Dayane,Pretendo ir para Angola ano que vem mas estou tendo dúvidas quanto ao visto, já entrei no site do consulado muitas vezes e nao sei como proceder até pq no meu estado não tem consulado angolano... Poderia me dar uma luz...agradec a desde ja
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